Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os índios não
usavam roupa e isso para eles era normal. Suas casas (ocas) não tinham portas,
e isso era normal. Culturalmente isso (é) era normal e todos acreditavam e
respeitavam essa situação. Depois da chegada dos portugueses alguns costumes forma
impostos e depois de um tempo, aceitos como normal.
Faria sentido um índio reclamar que alguém viu a porta
aberta (de alguma coisa que não tinha porta ?)
Atendi uma empresa com suspeita de vazamento de informações
(externo/hacking). Após a auditoria verificamos que seu perímetro não era o
problema, e sim sua rede interna. Sem controles, todos os usuários eram
administradores nas maquinas, com acesso ilimitado a dispositivos USB , sistemas, bancos de dados e repositórios, também compartilhavam
todas as senhas. Até aqui, nada de mais. :-)
Após a análise, recomendações e entrega de relatórios, fui questionado de como os dados
dessa empresa seriam tratados por mim. ( nasceu um especialista, preocupado do dia para a noite )
Fiquei imaginando, porque um cidadão que nunca tomou conta
de nada me faria uma pergunta dessas... Pensei em todas piadas sobre tomar ou
não conta do que é seu.
Para finalizar e evitar problemas apaguei os dados e
fragmentei os documentos que estavam em minha posse.
O mundo corporativo é um mundo interessante, pessoas no
desespero de se esconder atrás de suas limitações, acabam tentando jogar a
culpa em outros, tentando forçadamente mudar os holofotes de lugar.
Segurança importa? Alguem se importa?